A aversão a perdas refere-se à tendência das pessoas de valorizar mais as perdas do que os ganhos equivalentes. Em contraste, o conceito de risco está relacionado à probabilidade de ocorrência de resultados indesejados ou incertos. A diferença fundamental entre a aversão a perdas e o risco está na forma como as pessoas percebem e reagem a situações em que há a possibilidade de ganhos ou perdas.
Eu calibro risco avaliando incertezas e probabilidades. Nas startups sabemos que no início da operação são milhões de incertezas e a probabilidade de dar errado é enorme. Na medida que a startup vai executando, modelando, aprendendo, corrigindo, pivotando, acertando os modelos e processos, as incertezas diminuem bastante e as probabilidades de êxito podem aumentar de forma exponencial. Calibrar esses pontos fazem muita diferença para um Exit positivo do investimento.
A teoria da aversão a perdas, desenvolvida pelo economista Daniel Kahneman e Amos Tversky, sugere que as pessoas experimentam a dor da perda de forma mais intensa do que a satisfação de ganhos equivalentes. Essa aversão a perdas pode influenciar as escolhas e o comportamento das pessoas, levando-as a evitar situações de risco em que possam perder algo, mesmo que também haja a possibilidade de ganhos.
A aversão a perdas pode ser observada em vários contextos, como finanças, tomada de decisões e comportamento do consumidor. Por exemplo, os investidores podem evitar assumir riscos excessivos para evitar perdas significativas de dinheiro, mesmo que isso signifique perder oportunidades de obter ganhos substanciais.
Compreender a relação entre aversão a perdas e risco é importante porque influencia a maneira como as pessoas tomam decisões e lidam com incertezas. Reconhecer essa tendência pode ajudar a explicar por que as pessoas muitas vezes preferem opções que oferecem menor risco, mesmo que isso signifique abrir mão de oportunidades potencialmente lucrativas.
Na prática tudo que oferece riscos seja um investimento ou subir um pico de uma montanha nos assusta. Acredito no conhecimento como modelo de superar o medo. Por exemplo eu tenho muito medo de escalar uma montanha, porque jamais fiz isso e na minha análise de risco são milhões e incertezas e probabilidades de dar errado. Mas, para uma pessoa que faz escaladas desde jovem, treinado, física e mentalmente realizar uma subida dessas é apenas mais um dia de trabalho. O mesmo vale para os investimentos, para mim que faço isso a mais de 20 anos, é apenas mais um dia de trabalho.