Tenho sido procurado quase todos os dias neste ano de 2011, por empreendedores para aconselhamento sobre os mais diversos assuntos.
Ontem mesmo uma pequena empresária que vende peças íntimas num quiosque, endividada, com suas vendas caindo, o mundo caindo em sua cabeça, desesperada veio em busca de ajuda.
A maioria dos que me procuram são para investimentos. Desejam dicas de como conseguiriam investidores para às suas ideias.
Outros são empreendedores com as empresas faturando e querendo acelerar para mudar de patamar.
Assim 2011 vem me mostrando que estamos arriscando mais, querendo fazer algo diferente, criar coisas que façam sentido para cada um individualmente e para a sociedade.
Exemplos como Facebook vem criando uma leva de novos empreendedores dispostos e optantes pelo negócio em detrimento do emprego. Jovens que antes pensavam em passar em concursos públicos em busca do porto seguro, hoje buscam os desafios de começar uma empresa e se divertir com isso.
Creio que o Brasil vive um bom momento e nos próximos anos iremos ver boas ideias sendo implantadas e fazendo sucesso, gerando novos empregos e riquezas.
O governo brasileiro deveria olhar para isso, abrir caminho criando condições para que essas ideias possam ser testadas sem custo tributário.
O custo de implantar ideias novas e empresas novas é muito alto e tributos nesse momento não deveriam fazer parte das preocupações desses empreendedores. Estes deveriam poder testar suas ideias assumindo o risco, focados exclusivamente no negócio e não nas questões tributárias.
Minha sugestão é para que o governo criasse um modelo em que durante um período de 2 anos as empresas não pagassem nenhum imposto, taxa ou tributo. Depois desse período, as empresas começariam a pagar impostos sobre as suas operações.
Sabemos que apenas 30% ou menos das novas empresas sobrevivem aos 2 anos de idade e esses empreendedores que falharam acabam endividados, com dívidas fiscais e impedidos de começarem novos negócios.
Sabemos também que nem sempre as primeiras ideias são as melhores. Os erros servem como experiência para que os próximos negócios tenham êxito. Todavia, se estes empresários estiverem devedores de tributos, ficam mutilados e sem as mínimas condições de desenvolver suas ideias.
Precisamos melhorar o ambiente de negócio para que o país possa usufruir no futuro de toda a produção de hoje. Se não fizermos algo hoje, não teremos futuro!