O tempo vai passando e sigo aprendendo. Tantas coisas já resolvidas, outras tantas em andamento e mais ainda por fazer. Minha vida no Rio era plena, com várias atividades que ocupavam meu tempo. Aqui ainda me sinto muito ocioso, as operações ainda não podem ser iniciadas. Como falei em outro post, os seguros a serem feitos demoram para serem aprovados e enquanto isso não se pode contratar ninguém.
O furacão Matthew passou, e apesar muitos acharem que nada aconteceu, não é totalmente verdade. Em algumas cidades milhares de casas foram danificadas. Não soube nada sobre mortes. Eu mesmo fui ver de perto em Daytona Beach no domingo e o estado das casas era muito ruim, além estarem sem energia desde sexta.
Cada um dos moradores trabalhando no seu quintal, limpando e consertando as coisas quebradas com o vento.
Ainda serão muitos meses até que todas as casas sejam consertadas. Mas a vida segue.
Tenho procurado vários contatos brasileiros aqui, amigos de amigos e ouvindo suas histórias e compartilhando a minha. Cada um num estágio, um desejo e uma esperança diferentes. Aprendendo com os problemas que eles viveram. Adaptação dos filhos, da esposa, trabalho etc.
Decisão de adultos que envolve crianças. Elas que deixam suas únicas experiências e sem saber o que as esperam. Ficam muito ansiosas e um tanto triste. Mas, no futuro elas poderão julgar melhor se essa experiência foi importante ou não. Eu tenho certeza que sim, mas para elas somente no futuro será possível se dar conta do ganho exponencial que tiveram em suas vidas.
De toda forma estamos todos passando por momento de muita emoção e expectativas. Eu estou abrindo o espaço e talvez vivendo a maior experiência da minha vida após o nascimento das minhas filhas. Me descobrindo dia a dia, sendo desfiado a manter o foco, diante de tanta novidade e da distância da minha família. Jamais passei tanto tempo longe!
Tenho muita esperança que possamos todos nos adaptar e vivermos uma vida tranquila, sem medo de ir vir. Numa sociedade que prestigia o trabalho e reconhece o valor do risco.
Há jeitos melhores, mas não tem o jeito fácil de fazer coisas difíceis!
Se não tivesse pessoalmente vendo como viabilizar meu negócio certamente não seria possível aprender o que estou aprendendo. Por isso disse na part 1 que não abria mão de errar eu mesmo.
Hoje estou perdido porque depois de ver tudo que vi até o momento, resolvi dar uma virada para um ponto que ainda tenho que aprender. Como aquele ponto cego quando se está dirigindo e não há como ver nada.
Enfim, vamos ver o que me espera!